9 de novembro de 2018

Síndrome Alcoólica Fetal

Hoje quero de falar com vocês sobre uma das questões que mais me preocupa durante a gravidez: o consumo materno de álcool.


Pouco é discutido sobre isso na mídia, mas curiosamente alguns países como a França só passaram a recomendar a abstinência de álcool durante a gestação há poucos anos. 


No Reino Unido, por exemplo, ainda é aceitável que a gestante consuma álcool eventualmente em ocasiões especiais. 


Aqui no Brasil, grande parte dos profissionais de saúde recomendaram fortemente que a gestante faça abstinência completa do uso de álcool. 


Particularmente, eu recomendo abstinência total por parte das minhas pacientes durante a gestação e amamentação, pois os riscos são consideráveis. 


No decorrer da gestação, o consumo de álcool pode levar a diversas anomalias fetais que caracterizam a síndrome alcoólica fetal. Dentre as alterações apresentadas, ocorre um atraso severo no crescimento e desenvolvimento do bebê e isso permanece durante a sua vida. Além disso, malformações crânio faciais, microcefalia e atraso de desenvolvimento também são características da síndrome.


O período mais crítico de consumo de álcool na gravidez ocorre no primeiro trimestre, onde geralmente boa parte das mães nem sabe que já está grávida 😱😩! Além das alterações já mencionadas, lesões cardíacas congênitas, deformações ósseas e outras mal formações podem aparecer em decorrência do uso de álcool. 


Um grande alerta que faço as mamães e tentantes: façam abstinência de álcool!! Além dos prejuízos na fertilidade (feminino e masculina), os riscos e consequências aos bebês são enormes!!! Seja consciente, pois a síndrome alcoólica fetal é uma marca que o seu filho carregará para toda a vida.


Eu já atendi alguns pacientes portadores da síndrome e é uma experiência bastante triste acompanhar essas famílias e as dificuldades que a criança tem devido a esse descuido materno. 



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