26 de janeiro de 2015

Quem ama, educa!

Estimados leitores! Hoje contamos com a colaboração da Farmacêutica Michele Alves, também leitora do nosso blog e que nos ajudou com um texto bastante interessante, que serve de alerta para muitos familiares sobre os risco e implicações da obesidade e da má alimentação infantil.




"A obesidade e sobrepeso já atinge aproximadamente 35% das crianças brasileiras. Como consequência do excesso de peso, ocorre uma serie de alterações metabólicas como dislipidemia, intolerância a glicose, hipertensão e complicações cardiovasculares. Dados do U.S. Public Health Service (Departamento de Saúde Pública Americano), demonstram que 25% das crianças nos Estados Unidos, apresentam níveis de colesterol acima do desejável. Estudo semelhante ao americano, realizado em estudantes de 7 a 14 anos, em Campinas (SP), demonstrou resultados semelhantes. O aumento dos casos de diabetes também assusta, chegando a um milhão no país. Em outras palavras, a obesidade e suas consequentes complicações, devem ser vistas como uma epidemia que representa um enorme risco a vida.



O uso de medicamentos em crianças, raramente é aconselhável. Não há terapia medicamentosa específica para pacientes abaixo de 12 anos de idade, além de dificuldades na administração e adesão ao tratamento desses jovens pacientes. Os poucos fármacos que apresentam nível de segurança mínimo para serem utilizados, apenas serão após a analise do risco x beneficio, uma vez que, o próprio mecanismo de ação pode representar riscos ao desenvolvimento desse grupo de pacientes. Para os casos de dislipidemias, por exemplo, o tratamento medicamentoso apenas é realizado após os 10 anos de idade, caso haja falha nas medidas dietéticas. Com o diabetes, não é diferente. O uso de medicamentos ainda e alvo de discussão entre especialistas e não há consenso sobre a sua utilização.




Em adolescentes que fizeram uso de uma classe conhecida como Biguanidas (classe de medicamento geralmente recomendada para o controle dos níveis de glicemia), as reações adversas gastrintestinais (dor abdominal e diarreia) atingiram 25%. Como se pode observar o assunto é sério, preocupante e merece toda a atenção. Evidentemente, existem casos em que há fatores genéticos no desenvolvimento desse quadro, porém, não se pode ignorar a parcela de culpa dos pais.



A alimentação incorreta ainda representa a principal causa de obesidade em crianças e adolescentes. Vale ainda lembrar que todas as doenças relacionadas acima, evoluem silenciosamente ou com sintomas discretos, podendo causar danos permanentes.



Finalizando, seria impossível não dizer que “quem ama, educa”. A educação alimentar também faz parte daquilo que você espera que seu filho seja, pois independente do caminho que ele siga, sua jornada será mais feliz se houver saúde".



Texto escrito pela Farmacêutica Michele Alves

Nenhum comentário: